quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Colômbia: denúncias revelam ligações de Uribe com narcotráfico e indisposição do governo colombiano para uma verdadeira trégua com as FARC

Segundo Alberto Pinzón Sanchez, relatório do Governo dos EUA afirma que existiram ligações entre o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe Velez, e o narcotráfico do Cartel de Medellin
Parte do relatório secreto da U.S. Defense Intelligence Agency (D.I.A), de 23 de setembro de 1991, relativo a Álvaro Uribe Velez. Este relatório foi desclassificado em 01 de agosto de 2004 em cumprimento do Ato de Liberdade de Informação (Freedom Informormation Act), interposto por um grupo de investigação estabelecido na Universidade George Washington:
"82. Álvaro Uribe Velez - um político e senador colombiano dedicado à colaboração com o Cartel de Medellín em altos níveis governamentais.Uribe esteve ligado a um negócio envolvido em atividades de narcóticos nos EUA. Seu pai foi assassinado na Colômbia devido às suas conexões com traficantes de narcóticos. Uribe trabalhou para o Cartel de Medellin e é amigo pessoal próximo de Pablo Escobar Gaviria. Ele participou na campanha política de Escobar para obter a posição de assistente parlamentar para Jorge Ortega. Uribe foi um dos políticos que atacou, no Senado, todas as formas do Tratado de Extradição." (tratado que tinha como objetivo extraditar para os EUA os narcotraficantes presos e envolvidos em operações internacionais)

O conceito de fricção

por Alberto Pinzón Sánchez

O general Clausewitz dedica todo o capítulo sete do seu livro "A arte da guerra" [1] , tantas vezes citado mas poucas vezes lido, à explicação da importância que o conceito de fricção tem na sua obra:

"Enquanto não se conhece a guerra por si mesmo não se entende onde estão as dificuldades do assunto, das quais sempre se fala, e das extraordinárias energias intelectuais que são exigidas ao general. Tudo parece tão simples, os conhecimentos necessários parecem tão planos, todas as combinações tão insignificantes, que comparada com elas a mais simples tarefa da matemática superior impõe uma certa dignidade científica.
Mas quando se viu a guerra tudo se torna compreensível, e no entanto é extremamente difícil descrever o que produz essa mudança, denominar esse factor invisível e que actua por toda a parte.
"Tudo na guerra é muito simples, mas o mais simples é difícil, essas dificuldades acumulam-se e produzem uma fricção que não pode de todo ser imaginada por alguém que não tenha visto a guerra. Imagine-se um viajante que no final da sua jornada de viagem, ao entardecer, acredita que terá coberto duas estações, de 4 a 5 horas com cavalos de posta. Não é nada assim.
Chega então à penúltima estação e não encontra cavalos ou estão muito maus, a seguir surge uma região montanhosa, os caminhos estão arruinados, fecha-se a noite, e alegra-se por haver alcançado a estação seguinte depois de muitos trabalhos e por haver encontrado ali um pobre alojamento. Assim, na guerra, devido à influência de inumeráveis pequenas circunstâncias, que nunca podem ser devidamente tomadas em consideração sobre o papel, toda expectativa é rebaixada, e fica-se muito atrás do objectivo. Uma poderosa vontade de ferro supera essa fricção, tritura os objectivos, mas naturalmente também a máquina.
Chegaremos com frequência a esse resultado. Como um obelisco em direcção ao qual conduzem as ruas principais de um lugar, em meio a guerra alça-se imperativa a firme vontade de um espírito orgulhoso.
"A fricção é o único conceito que distingue a verdadeira guerra daquela que se faz sobre o papel. A máquina militar, o exército e tudo o que implica, é no fundo muito simples e por isso parece fácil manejá-la. Mas há que ter em conta que nenhuma parte dele é feito de uma só peça, que tudo é composto por indivíduos, e que cada um deles conserva a sua própria fricção em todas as direcções. A guerra é rica em manifestações individuais, e cada uma delas é um mar ignoto. Esta terrível fricção, que não se pode concentrar, como na mecânica, nuns poucos pontos, está por isso mesmo em contacto por toda a parte com o azar e provoca manifestações que não se podem calcular, precisamente porque correspondem ao azar. A fricção, ou o que aqui chamamos assim, é portanto o que torna difícil o que na aparência é fácil". (pg. 71 e seguintes)

Pois bem, o conceito de fricção aqui descrito também tem, naturalmente, uma forma política. Um exemplo para ilustrar: O omnipotente monarca espanhol Carlos V, o mais poderoso senhor da Europa do século XVI, em cujo império absoluto nunca se punha o Sol como orgulhosamente costumava repetir, declarou a guerra e esmagou os comuneiros castelhanos.
Derrotou os condes protestantes da Alemanha na batalha de Mühlberg (1547). Guerreou contra os muçulmanos turcos no norte da África. Manteve seis guerras contra a França. Mas a multidão de fricções que teve de enfrentar acabou com o seu poder e em Bruxelas (Setembro de 1556) viu-se forçado a abdicar o poder da Espanha em favor do seu filho Felipe II e o da Alemanha no seu irmão Fernando, para retirar-se do ruído do mundo no mosteiro de Yuste.
POCILGA DE VELHACOS
Estes conceitos elevados também podem ser transportados, ainda que com o risco de sujá-los, à pocilga de velhacos em que se converteu a Casa de Nariño [2] de Bogotá, onde o mini-führer Uribe Vélez (como o obelisco citado por Clausewitz) força a sua máquina de guerra, com o apoio da maior embaixada do mundo, o que prognostica a sua queda irremediável.
A detenção do cacique do partido conservador e senador por Tolima, Gómez Gallo, coluna fundamental do governo de Uribe Vélez na esterqueira de Augias (como se denomina o parlamento colombiano), acusado seriamente pela Corte Suprema de Justiça de paramilitarismo, é outra fricção irreparável. Outro golpe demolidor a todo este regime de terror narco-paramilitar que, com uma atroz combinação de fraude eleitoral e moto-serra, se apoderou do poder do Estado colombiano. Como é que o mini-führer Uribe Vélez encaixa este golpe? E o outro escândalo simultâneo da chantagem realizada a partir da Casa de Nariño ao narcotraficante Grajales, sócio e amigo pessoal do ministro do Interior, Holguín, e que estão a friccioná-lo? Muito simples. Todo o mundo viu e ouviu. Ou seja, os que quiseram vê-lo e ouvi-lo.
Da forma mais velhaca como poderia proceder um mafioso num bar sórdido e de má fama da rua de Guayaquil em Medellín: Insultando com furor homófono e soes e ameaçando bater na cara do personagem que supõe ter, por pessoa interposta, realizado a chantagem ao narcotraficante Grajales. "Sou muito macho. Se o vir dou-lhe na cara. Maricas!", grita fora de si o mini-führer Uribe Vélez, qual Fujimori no Tribunal Penal. Esse pobre lumpen mafioso, esse anão moral e físico que tentará golpear na cara uma criança indefesa. A seguir filtra a gravação aos meios de comunicação a fim de infundir terror (com o efeito moto-serra que a sua ameaça produzirá no Bloco Capital dos seus paramilitares). Pede desculpas públicas a fim de desviar a atenção e põe os seus ministros, um a um, a defenderem a sua dignidade presidencial. Qual dignidade pode reclamar um lumpen mafioso que assim procede? Exactamente ao contrário. O que provocou no povo trabalhador e na sociedade colombiana foi desprezo, asco e indignidade por ver a catadura moral e pessoal de quem o governa. E, naturalmente, mais fricção.

14/Dezembro/2007

[1] Clausewitz Karl, De la Guerra, Versão integral, 739 pgs., La esfera de los libros, Madrid, 2005. [2] Casa de Nariño: Palácio da Presidência da República.
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ 31/Dez/07

Una bola de humo Presidente Chávez: Uribe fue a dinamitar tercera etapa de Operación Emmanuel

Por: Agencia Bolivariana de Noticias (ABN) Fecha de publicación: 31/12/07


Chávez, consideró que su par colombiano, Álvaro Uribe, fue a dinamitar el desarrollo de la tercera etapa de la Operación Emmanuel

Caracas, 31 Dic. ABN.- El presidente de la República Bolivariana de Venezuela, Hugo Chávez, consideró que su par colombiano, Álvaro Uribe, fue a dinamitar el desarrollo de la tercera etapa de la Operación Emmanuel con una bola de humo.
Durante un contacto telefónico a través de Venezolana de Televisión, Chávez además ratificó que tiene suficientes razones para dudar de la posición e hipótesis de Uribe.“Yo creo que Uribe fue a lanzar la hipótesis que bien pudo corroborar mañana”, comentó el jefe de Estado venezolano.Luego de las declaraciones que ofreció el presidente colombiano desde Villavicencio, Chávez se preguntó por qué Uribe tuvo que pronunciarse, en conjunto con su gabinete de gobierno, en lugar de esperar a corroborar su hipótesis acerca del estado de salud de Emanuel.
Manifestó el mandatario venezolano: “tengo bastante razones para dudar. En base a experiencia, del equipo de Uribe y lo que plantean, lo que analizan y sus hipótesis”.Desde Villavicencio, el presidente colombiano ofreció una declaración a los medios de comunicación en la que planteó la hipótesis de que Emanuel, hijo de Clara Rojas -rehén de las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (Farc) desde 2002- habría estado en centros de salud de ese país y presentaría graves lesiones en su cuerpo.


La fuente original de este documento es: Agencia Bolivariana de Noticias (ABN) (http://www.abn.info.ve)

Las Farc a Chávez: “Operativos militares impiden, por ahora, entregar a los retenidos”
Por: Panorama Digital Fecha de publicación: 31/12/07


En el aeropuerto de Villavicencio, ciudad a 75 kilómetros al sur de Bogotá, permanecen cuatro helicópteros del gobierno venezolano a la espera de que las Farc entreguen las indicaciones del lugar en donde soltarán a los rehenes.

31 de diciembre de 2007. - El Mandatario venezolano, Hugo Chávez, dijo que las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia le envió un comunicado diciendo que la liberación no se ha podido realizar por los intensos operativos militares que hay en las posibles zonas para la liberación.“Los intensos operativos militares en la zona nos impiden, por ahora, entregar a usted a los retenidos, como era nuestro deseo. Estamos seguros que tanto usted como los comisionados entenderán esta situación. Insistir en ello en estas condiciones sería poder en riesgo las vidas de las personas a liberar y de los mismos guerrilleros vinculados en esta operación”, fueron las razones, textuales, que las Farc explicaron Chávez.

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